Sobre o Projeto Branka canta Clara




Fonte: Rozangela Silva
Fotos: Daniel Martins

Ontem, o projeto “Branka Canta Clara”, transbordou de emoção, nem a chuvinha marcante esmoreceu o público, que pode viajar entre os dois séculos que encapsulam essa grande cantora. Branka trouxe a riqueza da obra de Clara Nunes para a Tijuca. 
Branka, que considera Clara, sua eterna fonte de inspiração, prestou homenagem “à guerreira”, e não foi só ela; dois outros convidados também incrementaram a noite.
O Centro Carioca Arthur da Távola, contou com a participação de Adelzon Alves, figura impar no cenário musical. O show abriu com depoimento de Clara sobre Adelzon em um telão, ele foi por muito tempo produtor de Clara. No palco, entrou três momentos falando sobre Clara, em uma das falas, Adelzon se emocionou com a presença na plateia de Jorge Machado, da Velha Guarda da Unidos da Tijuca, com voz embarga, recebeu afago de Branka, afinal, a noite trouxe antigas lembranças.


                                                 Branka com Pretinho da Serrinha 

Outro ponto alto ficou a cargo do músico Pretinho da Serrinha, que entrou logo após Adelzon falar sobre o Jongo da Serrinha, foi “a deixa” para Pretinho comentar sobre o que é nascer na Serrinha. Para Pretinho, foi muito mais que emoção, afinal, cantar Clara é remeter às suas origens, cresceu ouvindo que Clara frequentava a Serrinha, na casa de vovô Maria Joana, umas das precursoras do Jongo da Serrinha. Pretinho cantou pela primeira vez uma música de Clara, a interpretação de “Juízo Final” (de Nelson Cavaquinho) foi magistral.
Incomparável, singular, inigualável, guerreira... Sobram adjetivos e faltam palavras para descrever a importância de Clara Nunes. Ainda bem que temos esse legado.
No repertório, Branka passeou por sucessos como: “VOCÊ PASSA E EU ACHO GRAÇA” (Carlos Imperial / Ataulfo Alves), “CONTO DE AREIA” (Toninho Nascimento / Romildo), “MENINO DEUS” (Mauro Duarte/ Paulo César Pinheiro), “O MAR SERENOU” (Candeia), entre outros sucessos. No palco, Branka, ganhou reforço Carlinhos 7 cordas, Fernando Brandão, Marcelo Pizotte, Daniel Karin  e Dinho Rosa.


Comentários