Como foi a entrega 4º Prêmio Afro no Teatro Rival


                                                Luiz Miranda, Lázaro Ramos, Zebrinha e Elisio Lopes Jr.

Fonte e Fotos 

O 4º Prêmio Afro foi mais que uma festa, com elenco de primeira grandeza, levou para o palco Madame Rosê, magistral interpretação de Rosa Marya Colin, que abriu as portas do “Cabaré dos Nossos Sonhos”, ao lado de Lolô Angolana, encenado pela atriz angolana Heloísa Jorge, Lili Tomba Tudo, ganhou a plateia com Lellêzinha - vocalista do Dream Team do Passinho. Naná Baiana, representado pela Ariane Souza e o personagem Souvenir, composto por Orlando Caldeira, receberam com toda pompa e circunstância.
E o Teatro Rival, na Cinelândia, se transformou em um cabaré para a 4ª edição do Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, em uma cerimônia inovadora, a entrega dos prêmios veio em um formato de um espetáculo. Concebido pelo Diretor Artístico, roteirista e dramaturgo Elísio Lopes Jr., que trouxe leveza para um protocolo muitas vezes cansativo e monótono. 
“Tudo terá sentido se os corações estiverem quentes, se os olhos brilharem e os sonhos de cada um de nós se tornarem ações reais como essa noite”, dava a dica do tamanho da emoção da noite - o diretor artístico de Elísio Lopes Jr.
                                                               Elisio Lopes Jr e Ruth Pinheiro 


O Rival estava lotado, é cento dizer que agradou em cheio os mais de 400 convidados, que aplaudiram de pé, onde foram envolvidos em um cenário misterioso, mágico e ao mesmo tempo lúdico. O cenário foi cabaré afro, com vários palcos, um deles era no meio do salão, cercado pela plateia, um microfone antigo posicionado na ponta do palco deu um charme. No palco principal uma cortina francesa dava um tom suntuoso, no fundo uma banda completava a montagem. E o quinteto encenou e encantou com as clássicos de Chico Buarque, Gilberto Gil, Wilson Simonal, Tony Tornado. Sem sombra de dúvida, foi uma noite inesquecível, principalmente para os 11 vencedores, que vieram de várias partes do Brasil. Além do troféu, levarão para as suas regiões um prêmio em dinheiro, totalizando R$ 900 mil.

                                                                Bombom e Lilian Valeska 




                                                             Lilian Valeska e Lellezinha 

Cada parte da encenação tinha um propósito, trazia uma história. Madame Rosê – a grande dama da arte negra, Lolô de Angola – uma cantriz angolana que fugiu da guerra e encontrou uma outra guerra. Naná – era uma cantriz filha de santo, que veio do interior da Bahia tentar a vida no sul maravilha. Lili Tomba Tudo – uma cantriz, jovem carioca, cheia de viço e ousadia. Fechando com Souvenir – uma mulher trans, artista que já foi de circo, do rebolado, do Silvio Santos, e agora é do mundo.
Com adereços, maquiagens e figurinos assinados por Adriana Hiromi, que aliás estavam incríveis, cada um surpreendeu com estilo próprio: alegóricos, de luxo e beleza. A chancela de movimento e coreografia ficou a cargo de Zebrinha. Jarbas Bitencourt e Marquinhos Osócio foram os Diretores Musicais.
Madame Rosê, encenado por Rosa Marya Colin fez a honras com “Boa noite negros e negras! Boa noite demais convidados! Espero que estejam gostando da nossa festa! do Cabaré dos Nossos Sonhos”...
“Esse prêmio é de fundamental importância para um objetivo estratégico da Palmares, porque o que a Palmares quer nesse período é promover as políticas públicas que elevem a mobilidade social e apresentar uma maior visibilidade da cultural afro brasileira. Vida longa a esse prêmio, vida longa a Ruth Pinheiro, vida longa à todos aqueles que se envolveram com o prêmio, que é de uma afirmação brilhante para a cultura afro brasileira”, afirmou o Presidente da Fundação Cultural Palmares – Erivaldo Oliveira, que veio de Brasília para ver a apresentação.

Eli Costa e Chef Dida

                                                          Lellezinha e Elisio Lopes Jr 
                                                                             
O Prêmio Afro, realizado pelo Cadon, que tem como interlocutora Ruth Pinheiro, foi patrocinado pela Petrobras, com parceria da Fundação Cultural Palmares. É uma ação de resistência e luta. O primeiro prêmio do pais que reconhece projetos de cultura afro-brasileira.


                                                                    Decco Torres

                                                                   Déo Garcez


Dos muitos convidados, marcaram presença Decco Torres, Chef Dida, Vandinha Ferreira, babalawô Ivanir dos Santos, Lilian Valeska, Deo Garcez, Bombom, Luis Miranda,  Lázaro Ramos, que foi assediadíssimo...  E o Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, mais uma vez faz história, contribuindo para mudar a história. Deixa um legado e um espólio genuinamente brasileiro.
Rosa Marya Colin fechou a noite com “Viva nós! Viva o artista negro brasileiro!”

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